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A minha lanterna de bolso!

Olá, eu sou o João e adoro a minha lanterna de bolso! Foi o meu avô que me deu então tem um valor especial! E ainda mais especial por causa de um certo dia… A partir daí ando sempre com ela no bolso!  

Vou contar-te o que aconteceu! 

Um dia destes, bem ventoso, estava com o Lua Nova a brincar no quintal lá de casa. Estava um entardecer muito interessante, o céu estava a começar a ficar alaranjado, não havia nuvens, apenas um vento bem forte que levantava tudo do chão e sacudia com energia as folhas das árvores. Eu tinha ido ao baú e desencantado uma capa do disfarce de carnaval do super homem, então saltava por todo o lado… Eram muros, montinhos, coisas empilhadas, não escapava nada… e o Lua Nova embasbacado a olhar para mim… Devia estar a pensar: 

– Que anda este miúdo a fazer afinal??? Com este vento medonho!!! Porque não vamos para CASA?????? 

 

Estava cada vez mais forte e num dado momento, abri os braços e deixei-me levar pela força do vento… O meu cabelo esvoaçava e eu sentia o vento passar por entre os meus dedos… Naquele momento esqueci-me de tudo, apenas estava eu e o Lua Nova, ali, mais o vento…. fechei os olhos e era tão delicioso aquele barulho das folhas dançando nas árvores… 

Não sei quanto tempo estive de olhos fechados, mas… para minha não muito agradável surpresa, quando abri os olhos, onde estava eu??? 

– Lua Nova, onde estamos?  

Mas onde estava o Lua Nova? Olhei para todos os lados!  

– Lua Nova!!!!! Onde estás??? 

Será que estou muito longe de casa??? Eu não conheço este lugar!  

  

O sol já se tinha escondido, então já se notava um certo escurecer. Confesso que por momentos fiquei um bocado assustado, mas, depois acalmei-me, confiei no processo e fluxo da vida, que se tinha ido parar ali, então também tinha como voltar para casa… 

Não sabia ainda bem para que lado me virar; um descampado, com uma árvore aqui, outra acolá… de todos os lados eu via casas lá ao fundo, mas não conseguia encontrar algo que me fosse familiar… mas lembrei-me que a minha lanterna de bolso podia-me ajudar, então liguei-a, apesar de não estar tanto escuro assim, ainda se via bem as formas das árvores, o caminho, mas mesmo assim liguei.  

  

A minha mãe que tinha se assomado á janela para me chamar, não me encontrou. Preocupada saiu á minha procura, e o vento levava o som do chamado dela, mas eu não percebia bem de onde vinha… Como tinha a lanterna acesa ela viu a luz e encontrou-me com facilidade! 

– João! O que aconteceu? Porque saíste do quintal de casa sem avisar?

– Desculpa mãe, eu fechei os olhos e não sei por quanto tempo… mas quando abri já não vi o Lua Nova e não sabia onde estava…

– João, eu não estou a entender nada… mas o Lua Nova estava á porta de casa a ganir… 

 

 

 

Aquele cão medroso… em vez de me seguir…  

Mas… sabes onde eu estava? Num descampado que ficava um pouco adiante, por detrás da minha casa… Pois… eu não costumo ir muito para esses lados…  

Então, não graças ao meu amado e medroso Lua Nova, mas sim, graças á minha querida lanterna de bolso, voltei são e salvo a casinha!

Depois com mais calma expliquei tudinho á minha mãe.

Ela riu-se, e disse que andar ao vento é engraçado, mas para eu não fechar os olhos durante tanto tempo… 

 

 

   

Sabes o que podemos aprender com este acontecimento? 

Em primeiro lugar que, CONFIAR ajuda MUITO MESMO… ainda agora penso como é que cheguei àquele descampado sem tropeçar em nada pelo caminho… 

Em segundo lugar que, NADA É O QUE PARECE! Parecia que eu estava tão longe de casa, mas ela estava mesmo ali, eu é que não a estava a ver! Às vezes, no nosso dia a dia, parece que se instalou o caos com algum acontecimento que sai fora dos nossos planos (e isso é que é o normal, a vida é isso mesmo – o NOVO a cada momento) mas, NADA É O QUE PARECE, basta confiar e saber que na vida tudo é perfeito e existe sempre uma solução perfeita e criativa para todo e qualquer problema! Quando confiamos, os nós desatam-se e as coisas logo se solucionam como que por magia! Assim, fui inspirado a ligar a minha lanterna de bolso, e logo a minha mãe viu a sua luz e me encontrou! 

 

   

Gostaste de saber sobre este curioso acontecimento com a minha lanterna de bolso? Queres saber mais? Coloca as tuas perguntas nos comentários!  

E até á próxima curiosidade! 

Obrigado! 

João, do Portal Dourado! 

Leste o livro e tens alguma pergunta que nos queres colocar?